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Por Duda Teixeira
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Por que não tem bestseller em Cuba?

Para impedir que autores fiquem influentes, a ditadura só permite que os livres tenham uma única edição

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h10 - Publicado em 5 dez 2016, 14h48

A censura do Partido Comunista de Cuba não autoriza que autores cubanos consagrados no exterior, como Guillermo Cabrera Infante, sejam publicados na ilha. Mas, mesmo autores leais ao regime castrita, como Leonardo Padura, não podem ser encontrados nas prateleiras.

Isso acontece porque, temerosa de que alguns escritores se tornem influentes e se voltem contra o regime, a ditadura só permite que as gráficas imprimam uma única edição. A tiragem raramente passa dos 2000 exemplares.

As livrarias, portanto, são tomadas por pilhas de autores desconhecidos, que não atraem ninguém. Em geral, só chega para a venda as obras que sobraram dos eventos públicos de lançamento, sempre patrocinados por algum órgão governamental. “A lógica aqui é diferente. Só se publicam livros com subsídio estatal, mas os ministérios não coordenam direito com as editoras e com as gráficas, o que gera muitos problemas até o produto chegar ao consumidor”, diz um funcionário de uma livraria em Havana.

Vitrine da livraria Jamis Fayad, na rua Obispo, em Havana, Cuba (Duda Teixeira)
Vitrine da livraria Fayad Jamis, na rua Obispo, em Havana, Cuba (Duda Teixeira)

Claro. Todo mundo que já foi para Cuba viu que, nas vitrines, é comum ver livros de esquerda. Há obras sobre o argentino Che Guevara, a Revolução Cubana, Fidel Castro e até sobre o Pensamento Econômico de Hugo Chávez. Para esses, a tiragem é ilimitada e os de melhor qualidade são importados. Uma das editoras mais presentes é a Ocean Sur, da Austrália, que imprime no México e na China. Mas os títulos de esquerda só têm apelo entre turistas. Os cubanos não têm interesse neles porque estão fartos de tanto ver esse assunto na escola.

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