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Por Duda Teixeira
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Na política de filho único da China, que fim levavam os gêmeos?

A Lei de População e Planejamento Familiar, que deve ser extinta em breve, afirma que: “O país determina estar em efeito a política do nascimento, que encoraja o cidadão a casar-se e, em um momento posterior, a ter filhos. Recomenda-se que marido e mulher tenham somente uma criança” A norma estipula que os pais de […]

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 31 jul 2020, 00h09 - Publicado em 6 nov 2015, 17h04
Gêmeos em parque de Pequim, na China, em 2006. Crédito Zhou Min/ChinaFotoPress/Getty Images

Gêmeos em parque de Pequim, na China, em 2006. Crédito Zhou Min/ChinaFotoPress/Getty Images

A Lei de População e Planejamento Familiar, que deve ser extinta em breve, afirma que:

“O país determina estar em efeito a política do nascimento, que encoraja o cidadão a casar-se e, em um momento posterior, a ter filhos. Recomenda-se que marido e mulher tenham somente uma criança”

A norma estipula que os pais de filhos únicos podem requerer um “certificado de honra para pais de filhos únicos”. Com o documento em mãos, eles passam a ter direito a vários benefícios estatais, como assistência médica e um seguro para a idade avançada. Na sua continuação, o texto diz que:

“As crianças que nascerem de acordo com a regulamentação, mas que porventura enquadrem-se na condição de gêmeos ou crianças de um parto múltiplo, não desfrutarão dos benefícios do filho único”

A lei, portanto, não prevê punições para os pais de gêmeos, uma vez que admite claramente a existência deles. E nem poderia ser diferente. “Nascer de acordo com a regulamentação”, afinal, é uma expressão um tanto ridícula. Por outro lado, a legislação não concede aos pais de gêmeos os benefícios daqueles que possuem o “certificado de honra para pais de filhos únicos”.

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Ao longo de mais de três décadas, essa brecha foi aproveitada por aqueles que desejavam mais de uma criança dentro de casa. Desde que a regra entrou em vigor, em 1980, o número de gêmeos na população chinesa aumentou em um terço.

Os chineses elevaram a incidência de gêmeos de duas maneiras. A primeira foi tomando remédios para estimular a ovulação e ter mais de um embrião por vez. O mais comum é o citrato de clomifeno, normalmente indicado para mulheres com problemas de fertilidade. Mesmo em uma dose baixa, o comprimido faz com que 70% das mulheres ovulem. Dessas, 40% ficam grávidas.

A segunda maneira usada pelos chineses foi registrando dois filhos que nasceram próximos, em datas diferentes, como gêmeos. Apesar de alguns centímetros na diferença de altura, muitos conseguiram furar a diretriz do Partido Comunista principalmente nas áreas rurais, em que o controle governamental é mais poroso.

Essas duas soluções, quando empregadas, sempre ficaram em completo segredo. “Os chineses em geral não gostam de contrariar o Estado. Por esse motivo, esse tipo de assunto jamais apareceria numa reunião entre amigos”, diz o sinólogo brasileiro Tadzio Goldgewicht, que morou no país durante catorze anos e traduziu os trechos da lei chinesa para o blog.

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