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A cada mês, cinco milhões de pessoas trocam o campo pelo asfalto. Ao final do século seremos a única espécie totalmente urbana do planeta. Conheça aqui os desafios dessa histórica transformação.
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McMansões americanas, construídas em escala de fast food, sofrem com a falta de interessados

Mesmo com preço em queda, o casarão que foi febre a partir de meados dos anos 1980, encalha nas imobiliárias

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h52 - Publicado em 13 set 2016, 13h35
Febre a partir de meados dos anos 80, as McMansões encalham nas imobiliárias americanas (Foto Dean Terry/Flickr)

Febre a partir de meados dos anos 80, as McMansões encalham nas imobiliárias americanas (Foto Dean Terry/Flickr)

As McMansões, como ficaram conhecidos os casarões americanos erguidos em escala de fast food em meados dos anos 1980, estão amargando sua pior decadência. De acordo com a  Trulia, empresa de dados e pesquisas imobiliárias, enquanto a busca por imóveis sobe em todo o país, a procura por esse tipo de residência caiu 26% nos últimos quatro anos. Em Chicago, como mostra reportagem do jornal Chicago Tribune, uma McMansão que custava 598.000 dólares em 2007 está saindo por 485.000 dólares agora. O preço médio das McMansões americanas é de 222.000 dólares, mesmo com uma metragem generosa entre 300 e 500 metros quadrados.

Essas construções surgiram como uma estratégia do mercado imobiliário para desenvolver áreas de subúrbio e fazer com que parecessem refinadas. Fenômeno semelhante ocorreu no Brasil, com a multiplicação dos edifícios em estilo neoclássico nos grandes centros urbanos.

Super Big McMansion (Foto Elana Centor/Flickr)

Super Big McMansion (Foto Elana Centor/Flickr)

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Mas o que na época parecia bom negócio, se transformou no típico encalhe das imobiliárias. No ano passado, cada proprietário levava em média 118 dias para achar um comprador. Hoje, já são 155 dias, em média. E a principal razão para isso é a falta de consumidores interessados em viver em locais assim.

A Geração Baby Boomer, nascida entre 1943 e 1960, tem preferido se aposentar em lugares menores e de manutenção mais fácil e econômica. Já a Geração X, nascida até 1981, ainda se recupera do estouro da bolha imobiliária americana de 2007 e não quer saber de gastar com imóveis caros. Sem conseguir pagar a hipoteca, muitos perderam suas casas e sequer têm condições de tentar comprar outra.

Para complicar ainda mais, a geração que veio em seguida, jovens que hoje têm entre 20 e 35 anos, não estão nem aí para o que já foi considerado o máximo do status, como mansões e carrões. Chamados de Geração do Milênio, eles preferem morar em lugares menores e mais bem localizados (no centro, e não em subúrbios). Os que decidem se casar e ter filhos, se é que optam por isso, o fazem mais tarde do que as gerações anteriores.

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E assim as McMansões vão ficando para trás, representando as mudanças geracionais, urbanas, arquitetônicas e financeiras que tem transformado metrópoles e subúrbios do mundo todo. O que será delas ainda é cedo para saber.


Por Mariana Barros

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