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Valentina de Botas: O depoimento de Lula à Polícia Federal desenhou um jeca arrogante, despótico, sarcástico, truculento, mentiroso

O ególatra é um chato; se tem algum poder, torna-se despótico. Sarcástico, mentiroso, arrogante, truculento: eis o jeca no depoimento à Polícia Federal. Houve momentos em que parece que ele mandaria prender o solícito delegado. Achando que este lá estava para ouvir queixas, reclamou que Marisa Letícia não deveria ser chamada a depor por ter […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h16 - Publicado em 15 mar 2016, 16h35

O ególatra é um chato; se tem algum poder, torna-se despótico. Sarcástico, mentiroso, arrogante, truculento: eis o jeca no depoimento à Polícia Federal. Houve momentos em que parece que ele mandaria prender o solícito delegado. Achando que este lá estava para ouvir queixas, reclamou que Marisa Letícia não deveria ser chamada a depor por ter sido empregada doméstica aos 11 anos de idade. No lugar dela, que o procurador Conserino convocasse as próprias mãe ou mulher.

E se elas também tiverem exercido a profissão de empregada doméstica ou qualquer outra tão humilde? Deveriam depor da mesma forma no sinistro universo mental de Lula, pois o procurador comete o pecado de estar do lado da lei, ou seja, do lado moral oposto ao do jeca que, por exemplo, não se importou que Francenildo Pereira fosse um simples caseiro quando decidiu moê-lo pelo Estado posto à disposição da libido degenerada do partido através do governo mafioso. O pecado de Francenildo? Contrariar os interesses da súcia, o que o homenzinho despótico toma como coisa pessoal – é ofensa pessoal fazer incidir a lei sobre a divindade jeca.

No esplendor do primitivismo revelado em toda besta acuada, Lula é adepto da lei do mais forte manejada por ele. E é como o mais forte que ele se vê no universo mental cujo centro é o próprio umbigo nojento. Daí a abater um caseiro ou meter no meio a mãe e a mulher de quem só está cumprindo a lei, é apenas mais um movimento no bailado obscuro.

Dilma Rousseff, provando que os deuses, antes de destruir os homens, os enlouquecem, desafia os limites da sanidade institucional no capricho tolo e acintoso, embora calculado, de instalar no ministério da Justiça um membro do Ministério Público e manter de pé um mocó para o jeca no ministério de um governo que cairá logo menos. Assim, no dia seguinte à irrefutável demonstração de que o país quer se livrar dos nefastos criador e criatura de modo a que haja paz e lei para que possa tocar a vida, a dupla detestável responde com despotismo.

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A mesma mulher que Lula acha que não merece depor por ter sido empregada doméstica aos 11 anos, mereceu dele a humilhação pública do caso (com) Rosemary Noronha. Marisa Letícia deve depor porque é investigada; a mãe e a mulher de Conserino não devem depor porque não são investigadas; Francenildo não deveria ter sido esmagado pelo PT não porque fosse um simples caseiro, mas porque era inocente.

A noção básica de decência exige, para assimilação, uma sequência no genoma moral que, na súcia, é falha. Verdade novamente exposta no depoimento ultrajante e nos atos de Dilma com o desprezo expansivo devotado ao país que desgraçam cotidianamente. Acham pouco continuar nos desgraçando, exigem também que não nos indignemos, por isso desqualificam nossa manifestação gloriosa desse dia 13. Não apenas porque canalhas que desejam dissimular as canalhices, mas sobretudo porque, despóticos, veem como um dado da natureza que disponham sobre nossos quereres, pensares, leis e direitos.

De um regime assim, que sonha à noite que de dia está submetendo o que resta de um Brasil resistente, o filme dos ratos roendo a bandeira nacional é autobiográfico. Ele tem de chegar ao fim, ainda que se arraste repulsivo na apresentação dos créditos.

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