Um batalhão de mulatas resolve
Manuel Zelaya jura que, se o golpe tramado pela Irmandade Bolivariana der certo, não vai querer acrescentar ao prazo de validade os dois meses de férias compulsórias. Voltará para casa em janeiro, quando termina o mandato interrompido, depois de entregar o cargo ─ sem queixumes nem cara feia ─ ao sucessor escolhido nas urnas. Zelaya também jura que, […]
Manuel Zelaya jura que, se o golpe tramado pela Irmandade Bolivariana der certo, não vai querer acrescentar ao prazo de validade os dois meses de férias compulsórias. Voltará para casa em janeiro, quando termina o mandato interrompido, depois de entregar o cargo ─ sem queixumes nem cara feia ─ ao sucessor escolhido nas urnas.
Zelaya também jura que, caso reassuma a chefia do governo, as eleições de novembro serão realizadas na data prevista. Juram enfim, que parou de pensar em plebiscito, desistiu de mexer em cláusulas pétreas da Constituição e sonha com uma anistia que restabeleça a paz entre todos os envolvidos na confusão. Até insinua que, no fundo, tem certa simpatia por Roberto Micheletti.
A soma de juras permite concluir que Lula se enfiou numa tremenda enrascada diplomática, nomeou-se síndico de Honduras e promoveu o governo interino a inimigo n° 1 da Humanidade porque o amigo queria passar o Natal e o Ano Novo no palácio em Tegucigalpa. Teria sido bem mais simples e mais barato acomodá-lo na suíte presidencial do Copacabana Palace, esticar a temporada até o Carnaval e animar as noites do nostálgico da pátria com a bateria da Mangueira. Pelo que anda dizendo, Zelaya não precisa de exércitos. Um batalhão de mulatas resolve.