Roger Pinto Molina no Roda Vida desta segunda: ‘As relações entre o Brasil e a Bolívia estão totalmente narcotizadas’
Na primeira entrevista concedida a uma emissora de televisão depois de agosto de 2013, quando uma fuga cinematográfica encerrou o longo período de reclusão na embaixada em La Paz, o senador Roger Pinto Molina afirmou ao Roda Viva que as relações entre os dois países estão “totalmente narcotizadas”. Segundo Pinto Molina, o governo do presidente […]
Na primeira entrevista concedida a uma emissora de televisão depois de agosto de 2013, quando uma fuga cinematográfica encerrou o longo período de reclusão na embaixada em La Paz, o senador Roger Pinto Molina afirmou ao Roda Viva que as relações entre os dois países estão “totalmente narcotizadas”. Segundo Pinto Molina, o governo do presidente Evo Morales vem ampliando a área destinada à produção de coca legal no país, embora a quantidade já existente seja mais que suficiente para suprir os nativos que mantêm o hábito de mascar a planta in natura.
“Na Bolívia existem aproximadamente 30 mil hectares de plantação de coca legalizados”, informou. “Tudo isso está nas mãos de Evo Morales, que continua a presidir o sindicato dos cocaleros. Cerca de 200 toneladas vêm para o mercado brasileiro”. Durante o programa transmitido pela TV Cultura, ele atribuiu à perseguição política os 20 processos judiciais de que é alvo. “Há 750 bolivianos exilados no mundo e todos são acusados de corruptos”, defendeu-se. Ele reiterou que deve a vida ao diplomata Eduardo Sabóia, que organizou a escapada de La Paz para Brasília.
Participaram da bancada de entrevistadores Fernando Tibúrcio Peña, advogado especialista em direito internacional dos direitos humanos, Roberto Lameirinhas (Estadão), Patrícia Campos Mello (Folha de S. Paulo), Verónica Goyzueta, correspondente do jornal espanhol ABC e Regiane Bressan, professora de relações internacionais da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).