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Oliver: Os roedores

VLADY OLIVER Nessa altura do campeonato, muita gente vem perguntando o que virá depois do Petê. Este é o ponto, meus caros amigos: depois do Petê virá mais Petê. Sim, porque o partido da estrelinha na cueca não é um partido político, mas uma mentalidade. E essa mentalidade bronca, infelizmente, está entranhada como cracas em […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h10 - Publicado em 26 mar 2016, 12h10

VLADY OLIVER

Nessa altura do campeonato, muita gente vem perguntando o que virá depois do Petê. Este é o ponto, meus caros amigos: depois do Petê virá mais Petê. Sim, porque o partido da estrelinha na cueca não é um partido político, mas uma mentalidade. E essa mentalidade bronca, infelizmente, está entranhada como cracas em navios.

A fábrica de fabricar petês não será fechada simplesmente com o advento da República de Curitiba. Aliás, percebam os que prestam que o juiz Sergio Moro tem o apoio maciço da população decente, apoio formal da categoria à qual pertence e só. De resto, está sozinho nesse deserto de ideias e atitudes, que preferem inquirir o mocinho pela técnica heroica utilizada para desmascarar bandidos que defender que a justiça seja feita por aqui sem meandros e desvios. É impressionante.

Com quantos juízes como Sergio Moro pode contar o poder judiciário? Já há pessoas que se perguntam o porquê da existência de STFs e Senados, uma vez que eles não servem justamente à função para a qual foram criados. A pergunta é boa, mas incita o desmonte de nossa democracia bamba. Melhores seriam os conselhos comunais?

Nossas instituições foram aparelhadas por essa quadrilha. E o aparelhamento se deu com a conivência explícita das corporações – sindicatos, grupamento e milícias – que tiveram seus integrantes solertemente cooptados. O resultado é este que estamos vendo, atônitos. Um país paralisado, morto de medo dos próximos passos que ceifarão os empreguinhos públicos e temeroso do dia seguinte, por não entender que o sol queimará só os vampiros que nos desgovernam, e não o que ainda resta de nossa sociedade espoliada até o talo.

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Que se danem os políticos. Os Chicos, Caetanos, Stédiles e Boulos. Não vejo um único cientista político ou analista dessa empulhação toda que nos cerca fazendo um exercício de futurologia que não inclua os proscritos partidos imiscuídos nesta festinha torpe onde pilharam a nação toda. Não é o futuro dessa gente? Não serão dizimados pelo voto dos decentes? Não serão impedidos de participar da confraria, por leis da ficha limpa e correlatos? Ou vamos continuar a desconfiar das urnas superfaturadas e das apurações onde a oposição dorme na contagem final e nos subtrai o direito de saber se estas eleições foram legítimas como brande o grupamento de calhordas ou fraudadas por uma ideologia que não para em pé?

Tal pergunta jaz na base de tudo isto que estamos presenciando por aqui, meus caros. E se as eleições foram um acordo entre amigos, destes que aceitam o jogo tão somente por quererem trair um ao outro mais adiante? O Senador Magno Malta foi profético ao afirmar que Aécio Neves se livrou de uma maldição. Talvez fosse ele, com o apoio da petralharia, o candidato ao impeachment da vez, nesta terra de inocentes úteis e bananas. Não duvido nada dessa possibilidade.

O caldo estava entornado para quem quer que fosse assumir o controle do navio. E tudo isso por conta de uma miragem fundamental: que este país de tontos úteis seria um socialismo em busca de um embusteiro para chamar de líder. Não é. É um capitalismo que se recusa a continuar parceiro dessa escumalha, parando as máquinas para se livrar do excesso de peso. E vai parar de trabalhar e empreender até que estas ratazanas tenham sido espantadas do convés. Se elas voltarão, fantasiadas de outros roedores, é o que nos cabe definir por lei. O impeachment é só o começo da volta do país à estrada da decência.

Com quase vinte anos de atraso e pendurado em toda a sorte de muletas sociais para se mover com um pingo de dignidade, vai ser duro aprender a andar de novo sem querer se encostar em algum barranco. Que pobreza que somos.

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