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Oliver: Estado de miséria

VLADY OLIVER Nesta terça-feira quase gorda, me pus a ouvir o “State of the Union” nas palavras sempre elegantes e polidas do Presidente Barack Obama. Fiquei me perguntando quando uma megera como a nossa teria estofo para peitar um Congresso daqueles.

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h43 - Publicado em 15 jan 2016, 02h29

VLADY OLIVER

Nesta terça-feira quase gorda, me pus a ouvir o “State of the Union” nas palavras sempre elegantes e polidas do Presidente Barack Obama. Fiquei me perguntando quando uma megera como a nossa teria estofo para peitar um Congresso daqueles. Entre olhares de sono, bocejos enfadonhos e um interminável senta-levanta, além de aplausos que mantinham o discurso em solavancos, pude ouvir a promessa da cura do câncer, da Aids, entre outras janelas para o futuro ali vislumbradas. Melhor não duvidar da capacidade daquela América de produzir o que lhes interessa, beirando quase a propaganda enganosa, se fosse anunciada por outra potência. Já pensou, no Brasil, a dona estancando a microcefalia por decreto?

É claro que vou concordar com o lado bom das considerações do grande J. R. Guzzo, ao lembrar que precisamos ganhar a guerra ainda. Se não me engano, numa democracia isso se faz com discurso, como aquele a que me refiro. Não custa perguntar, no entanto, que tipo de discurso essa nossa oposiçãozinha besta anda ensaiando para ganhar a contenda.

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Barack Obama nem precisava prometer a cura do câncer para parecer verossímil. Está lá, a governar duas forças antagônicas consideráveis e cada dia mais opostas e, nem por isso, querendo aniquilar uma a outra ou o país onde vivem. Muito diferente daqui, onde a natureza rumbeira dessa gente nojenta já extrapolou em muito os limites da decência e transborda como lama rala por todos os relevos da sociedade exausta de tanta vigarice.

Não sobreviveremos sem sequelas, meus amigos. É quase um trauma de guerra. Um medo considerável de virar carne moída, vendida em açougues de procedência duvidosa, por uma gente que vende até a mãe fatiada para salvar o próprio lombo. Comemoramos aqui o nosso “State of the Misery” com providencial circunstância.

Traduzindo, eu afirmaria que oposição se faz com DISCURSO. Se é esse o limite imposto a si mesmos pelos nossos candidatos a perdedores das próximas eleições, melhor sabermos com lupa quem serão as Marinas Silvas da próxima esquerda, não é mesmo? Ou ainda haverá espaço para o discurso mentiroso e dissimulado, mal combatido por uma claque de figurantes escolhidos a dedo para não termos escolha nenhuma?

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Que esse modelo faliu, já não há a menor dúvida. A quantidade de beócios que tentam salvá-lo, no entanto, é assustadora. A quantidade de cretinos dispostos a trocar de legenda só para parecerem o que não são nos próximos pleitos chega a ser indecente. É fácil entender como um Geraldo se mimetiza num Chalita. Uma Marta num Orestes. Uma Erundina numa Marina e por aí vai.

É um desfile de espantos e uma pastiche de ideias que torna claro porque o PT vence sempre por WO. O texto dos caras pode ser a coisa mais nojenta já parida pela nossa política de tanga, mas pelo menos é um texto. Tem o poder de aglutinar pessoas e dar-lhes um rumo, uma ideia, um pote de ração para jumentos e um bilhete único para a salvação da lavoura. A oposição, nem isso.

Pergunte, como eu já fiz um dia, para um desses neo-evangélicos fundamentalistas se eles gostam de ser enganados e a resposta bem pode ser “sim, gosto”. Assim como o PT, isso aí é uma natureza. Só para na cadeia. A saída? Guarulhos, hehehe.

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