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O farisaísmo da tropa que disfarça o choro pela perda do terrorista de estimação

As reações à morte de Osama Bin Laden fotografam com penosa nitidez a cabeça e a alma dos enlutados que disfarçam o choro pela perda do terrorista de estimação. Os soldados rasos das milícias em guerra contra o Grande Satã Americano são apenas idiotas. Acham que os atentados do 11 de Setembro foram produzidos pelas […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 12h06 - Publicado em 3 Maio 2011, 17h47

As reações à morte de Osama Bin Laden fotografam com penosa nitidez a cabeça e a alma dos enlutados que disfarçam o choro pela perda do terrorista de estimação. Os soldados rasos das milícias em guerra contra o Grande Satã Americano são apenas idiotas. Acham que os atentados do 11 de Setembro foram produzidos pelas vítimas (lideradas por George Bush), que os heróis são os bandidos, que a Al Qaeda é um exército de libertação e que Bin Laden já estava morto ou não morreu. Se prevalecer a segunda alternativa, os inimigos do imperialismo estadunidense terão encontrado seu Elvis Presley.

A idiotia dos milicianos é tão repulsiva quanto o farisaísmo dos que curtem o luto no governo, no PT ou nas redações. Uns e outros torturando o idioma e a lógica, começam a costurar um samba do terrorista doido. A letra diz o seguinte: recolhido ao lar em companhia de amigos e parentes, o aposentado Osama Bin Laden foi vítima de um ataque que violou a soberania do Paquistão, impôs a pena de morte sumária a quem merecia ser julgado por um tribunal, com direito a ampla defesa e recursos a instâncias superiores, matou cinco inocentes que dormiam na residência, negou ao morto um sepultamento digno e, compreensivelmente, despertará a cólera de combatentes islâmicos postos em sossego.

É muito cinismo, sabe até um sócio-atleta do clube dos cafajestes. Não existem terroristas aposentados. Houve um contra-ataque, em resposta à ofensiva traiçoeira que transformou o 11 de Setembro no Dia da Infâmia: foram executados 2.995 civis inocentes. A Al Qaeda é uma organização criminosa que não respeita fronteiras. Violou há 10 anos a soberania americana ao explodir as Torres Gêmeas, violou a soberania do Paquistão ao instalar a fortaleza clandestina em Abbottabad.

Lá não havia paisanos, mas combatentes engajados na Jihad, a guerra santa que só terminará com a morte do último infiel. O julgamento de Bin Laden transformaria qualquer tribunal no alvo perfeito para a reprise do 11 de Setembro, e promoveria a ser humano uma obscenidade especializada em colecionar crimes contra a humanidade. O mar foi a tumba possível. Nenhum parente reclamaria o corpo. Nenhum país cederia sequer uma cova rasa a Osama Bin Laden.

Homicidas patológicos não precisam de pretextos para matar. As tropas da Al Qaeda estavam ansiosas por mais ataques com Bin Laden vivo. Melhor que tentem atacar sem o chefe que teria tornado o mundo melhor se nem tivesse existido.

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