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O discurso do rei que virou réu e os comentários do colunista

Se o culpado não melhorar o desempenho, a maratona por tribunais vai acabar na cadeia

Por Augusto Nunes Atualizado em 16 mar 2017, 18h46 - Publicado em 15 mar 2017, 16h07

Com um depoimento de 48 minutos ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10.ª Vara Federal de Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta terça-feira a maratona por tribunais imposta a quem se torna réu em cinco processos. A ação penal em curso na capital investiga a participação do ex-presidente na trama criminosa que, entre outras bandalheiras, tentou impedir que Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, contasse tudo o que sabe sobre o esquema do Petrolão. Seguem-se alguns trechos do interrogatório (reproduzido integralmente no vídeo abaixo), com comentários entre parênteses do colunista:

“Você sabe o que que é levantar todo dia achando que a imprensa está na porta de casa porque eu vou ser preso?”
(O país acaba de saber que, embora não cometa sequer pecados veniais, a alma viva mais pura do Brasil já acorda pensando em como é a vida na cadeia)

Eu tenho dito, antes, durante e depois, os que estão presos e os que vão ser presos, que tenha um empresário, um político que tenha coragem de dizer que um dia me deu R$ 3, que tenha coragem de dizer que um dia o Lula pediu cinco centavos para ele”.
(Só uma besta quadrada tentaria comprar favores de Lula com dinheiro de esmola. E nem quando era um sindicalista principiante o depoente lidava com centavos)

“Agora resolveram vender nossas terras. Já venderam o espaço aéreo, daqui a pouco vendem o mar e a gente terá que pedir licença para entrar no Brasil”.
(Lula teve uma visâo: a Imobiliária Temer vendeu o território nacional ao PMDB, entregou o espaço aéreo a Donald Trump, presenteou a Bolívia e o Paraguai com o mar que lhes faltava e proibiu os brasileiros de entrarem no Brasil. É nisso que dá conviver com Marilena Chauí)

“Nem o Sarney tinha força no Congresso para fazer maldade como faz esse governo agora”.
(Em 1988, Lula repetia em todos os discursos que José Sarney era “o maior ladrão da Nova República”. Agora descobriu que o ex-presidente é tão perverso quanto Dilma Rousseff. Ou Erenice Guerra)

“É o país de um golpista, da corrupção, os pobres estão desgraçados para o resto da vida”.
(Sem maiores explicações, o interrogado decidiu produzir uma concisa descrição da Venezuela)

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“Só eu, com sete anos de idade, sei o que é pegar água e separar caramujo”.
(E só ele sabe, aos 70, como se faz para destruir uma Petrobras em menos de 7)

“O povo mais humilde desse país tem direito de ter as coisas”.
(Por exemplo, ter de volta os empregos que sumiram nos cinco anos de desgoverno da afilhada Dilma Rousseff)

“Lava Jato, no Brasil, a gente fala no café da manhã, no almoço, na janta e depois da novela”
(Como quem não para de pensar na segunda visita da Polícia Federal perde o sono, a famiglia Lula certamente conversa sobre a Lava Jato também durante a madrugada)

“Vou matar eles de raiva, porque em todas as pesquisas, vou aparecer na frente”.
(E vai morrer de medo porque metade do eleitorado não vota de jeito nenhum no campeão brasileiro de rejeição)

“Chamar o PT de organização criminosa. Se dependesse de mim, cada parlamentar abriria um processo para provar qual é a quadrilha”.
(Fundador do faroeste à brasileira, em que o bandido passa o filme inteiro querendo prender o xerife, Lula acha que merece ser preso quem chama de organização criminosa uma entidade beneficente que engordou a população carcerária com dois ex-chefes da Casa Civil, um ex-ministro da Fazenda e três tesoureiros nacionais do PT)

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“Parecia que o Delcídio tinha recebido o ‘Prêmio Nobel da Delação’. Ele foi no Roda Viva”.
(O candidato ao Nobel da Tapeação foi freguês do Roda Viva até o advento do escândalo do Mensalão. De 2005 para cá, alega “problemas de agenda” para recusar o convite, renovado mensalmente, que lhe permitiria provar no programa que os culpados por todos os males do país são FHC e a imprensa independente)

“O presidente não tem coragem de ir na Bolívia”.
(O líder de massas que só se aproxima de massas quando come macarrão, discursa apenas para plateias amestradas e não dá as caras nas ruas acha que impopular é quem será vaiado se circular por La Paz ou Cochabamba)

“São uns seis e pouco de aposentadoria mais uns 20 que minha mulher recebia, que passou para 30. (…) Pode dar 30… 30 mil, mas pode ter mais. Tem mais porque tem doação ‘pros’ meus filhos, sabe, porque eu não tenho… Poderia chegar a quanto? 50 mil? Eu não sei, eu tô tentando chutar aqui, doutor. (…) O rendimento fixo que eu recebo, todo mês, é isso: 6 e pouco da anistia e ─ era vinte, agora passou para trinta ─ a LILS que paga. Mas depois o advogado manda pro senhor, aí, o total do rendimento das doações”.
(Lula nunca soube de nada que desse cadeia. Por que haveria de saber quanto ganha por mês?)

“Eu aprendi a andar de cabeça erguida”.
(Faltou explicar por que não aparece na Praça da Sé para que todo mundo veja como costuma andar quando está escondido em casa ou no Instituto Lula)

 

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