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Moro estica a merecida temporada de André Vargas na cadeia

O deputado gatuno que sonhava com a presidência da Câmara perdeu a vergonha, o mandato, a carteirinha do PT e a liberdade

Por Augusto Nunes Atualizado em 7 abr 2017, 13h42 - Publicado em 7 abr 2017, 13h41

Eleito deputado federal em 2006, reeleito em 2010 por milhares de paranaenses irresponsáveis, o companheiro André Vargas entrou para a história da Câmara no mesmo instante em que dali saiu: num Congresso que lembra uma Papuda sem grades, ter o mandato cassado por falta de decoro equivale a ser expulso do hospício por excesso de loucura ─ e por decisão dos demais malucos. O despejo consumado em 10 de dezembro daquele delirante 2014 reafirmou que o meliante em ascensão na seita de Lula era uma abjeção sem similares.

Onze meses antes, ao assumir a vice-presidência, ele já decidira chegar ao comando da Câmara pela rota da cafajestagem. Ao debochar do ministro Joaquim Barbosa na sessão de abertura do ano legislativo, tornou-se o primeiro parlamentar a ofender publicamente um chefe do Poder Judiciário. Ele seria o primeiro deputado a fazer companhia ao sócio Alberto Youssef no noticiário político-policial. E logo se transformou no primeiro figurão do PT defenestrado por um partido que absolve até ladrões capturados no interior do cofre com a gazua na mão.

O paranaense falastrão entrara em 2014 convencido de que festejaria o réveillon como candidato imbatível à presidência da Câmara. Começou 2015 desempregado e tentando escapar da candidatura (apoiada com entusiasmo pela Polícia Federal) a uma cela coletiva. Não conseguiu uma coisa nem outra. Em abril, ainda chapinhando na vadiagem, foi preso na 11ª fase da Lava Jato, batizada de “A Origem” numa justa homenagem ao primeiro parlamentar flagrado em suspeitíssimas conversas telefônicas com doleiro Youssef.

Em setembro de 2015, o juiz Sérgio Moro condenou Vargas a 14 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Uma fartura de provas demonstrou que o vice-presidente da Câmara embolsou propinas de bom tamanho agenciando contratos de publicidade com a Caixa Econômica e o Ministério da Saúde. Nesta quinta-feira, Moro voltou a condenar o gatuno sem remédio ─ agora a quatro anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro. Vai cumprir a etapa inicial da pena em regime fechado.

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Na abertura do ano legislativo de 2014, André Vargas posou para os fotógrafos com um sorriso triunfante, braços erguidos (como convém a guerreiros do povo brasileiro) e punhos cerrados a centímetros da cabeça de Joaquim Barbosa. O espetáculo do cinismo facilitou o trabalho da polícia, dispensada de medir-lhe o tamanho do traje e a circunferência dos pulsos. Bastou um atento exame das fotos para a confecção do uniforme de presidiário e das algemas personalizadas.

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