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Lula desanda ao estrear no papel de Tiradentes de galinheiro

O ex-presidente não passou de uma ideia de jerico que, em 13 anos no poder, tornou o país ainda mais primitivo

Por Augusto Nunes 6 out 2017, 19h30

Lula já foi Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jesus Cristo, Nelson Mandela e Abraham Lincoln. Surpreendido pela condução coercitiva que o obrigou a depor na Polícia Federal, conformou-se em virar jararaca. Nesta segunda-feira, o Brasil constatou que a taxa de autoestima voltou a flutuar na estratosfera. Promovido a estrela da raquítica manifestação de protesto contra as privatizações planejadas pelo governo Michel Temer, Lula incorporou num único dia Juscelino e Tiradentes.

“Se estivesse vivo, até hoje JK teria de se explicar sobre o apartamento na Vieira Souto”, comparou a metamorfose delirante. Conversa de 171. Nos anos 60, o maior dos líderes civis do país subjugado pelo regime militar foi acusado de ter aumentado irregularmente seu patrimônio por inimigos fardados que tentaram acuá-lo com um inquérito policial-militar tão consistente quanto um discurso de Dilma Rousseff. Não há semelhanças entre o pai de Brasília e o parteiro do maior esquema corrupto de todos os tempos.

Nem mesmo tribunais de araque monitorados pelos quarteis ousaram punir JK. Lula já foi sentenciado a 9,5 anos de cadeia e, neste momento, faz o diabo para escapar de mais 6 processos. JK liderava a resistência democrática. Lula chefiou a quadrilha do Petrolão. Não é perseguido por motivos políticos: está cada vez mais perto da gaiola por ter embolsado propinas pagas com apartamentos por algumas empreiteiras de estimação. Mas segue jurando que jamais cometeu sequer pecados veniais. Haja cinismo.

Sempre caprichando na pose de viúvo inconsolável, o canastrão de palanque voltou a responsabilizar a misteriosa entidade denominada “ELES” pela morte da mulher, transformada pelo maridão em fundadora e dona onipresente da maior imobiliária sem escrituras do Brasil. Em seguida, entrou em cena um Tiradentes que não morre no fim do filme. Depois de comparar-se ao Herói da Inconfidência Mineira, “outra vítima da perseguição política”, o farsante juramentado desandou na decolagem: “Eles mataram a carne, mas não conseguiram matar as ideias libertárias”.

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“Lula não é mais Lula. Lula é uma ideia”, viajou o megalomaníaco que se refere a si próprio na terceira pessoa do singular. Gente assim finge ignorar que só Pelé, divindade que tem em Edson Arantes do Nascimento a sua fachada humana, pode fazer tal distinção. Lula é apenas um Lula, e virou ideia em 2002: uma ideia de jerico que nos 15 anos seguintes faria o possível para tornar o Brasil mais primitivo, mais maniqueísta, mais jeca.

Joaquim José da Silva Xavier foi submetido a suplícios inverossímeis por ter sonhado com a liberdade e a democracia. Não merece ser exumado por um Tiradentes de galinheiro.

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