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João Doria: “O PT promoveu o maior roubo da história”

Entre os assuntos abordados estão os acertos e erros deste primeiro trimestre, privatizações e uma possível candidatura à Presidência

Por Augusto Nunes Atualizado em 11 abr 2017, 16h09 - Publicado em 11 abr 2017, 15h45

O convidado do Roda Viva desta segunda-feira foi João Doria, prefeito de São Paulo. Único candidato ao cargo eleito já no primeiro turno, com 53% dos votos válidos, ele assumiu a prefeitura da maior cidade brasileira há exatamente cem dias. Aos 59 anos, reiterando que é um gestor, não um político convencional, implantou uma série de medidas que têm garantido a seu governo índices de aprovação em torno de 70%. Confira trechos da entrevista:

“Minha grande surpresa ao assumir a prefeitura foi o funcionalismo. São mais de 130 mil servidores que estão respondendo muito bem. Nada é fácil na administração pública, mas todas as dificuldades encontradas até agora podem ser superadas”.

“Não sou candidato a nada. Fui eleito para ser prefeito de São Paulo e é isso que fizemos nesses 100 dias. Falavam que eu não seria capaz de administrar a cidade por ser coxinha. E aí está a resposta, sou o prefeito com a melhor avaliação da história, desde a Luiza Erundina”.

“Não sou candidato à Presidência, mas caso Geraldo Alckmin pedisse, seria muito difícil falar não para um amigo”.

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“O PT foi um desastre para o Brasil. O maior roubo institucionalizado da história da humanidade. E isso aconteceu com o conhecimento do Lula e da presidente Dilma. Não acho que os fins justificam os meios. Por mais benefícios sociais que eles dizem que trouxeram, nada justifica o que causaram, os 13 milhões de desempregados. A população que o PT jurou defender está na rua”.

“Acabamos de contratar o Jaime Lerner (arquiteto, urbanista, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná) para um programa que será financiado pelo Secovi. Ele é um profissional que tem credibilidade, time, respeitabilidade nacional e internacional e fará uma requalificação do centro da cidade. A destruição dessa região é tão grande que estamos pensando em um projeto com 12 anos de duração”.

“A qualidade do asfalto em São Paulo era muito ruim e isso vai mudar. Por causa da falta de recursos e de iniciativas, pouquíssimos ruas foram asfaltadas nos últimos anos. Vamos lançar o programa Asfalto Novo para o recapeamento da cidade, que começará pela Avenida Paulista”.

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“Sou muito orgulhoso dos meus 100 dias, mas agimos errado na forma como apagamos os grafites pichados na Avenida 23 de Maio. Deveríamos ter convidado os grafiteiros para nos acompanhar. Faltou sensibilidade. A ação foi correta, mas a forma foi equivocada. Os grafites que restaram serão preservados, inclusive com o monitoramento de câmeras”.

“Não me rotulo nem de direita, nem de esquerda, nem de centro. Sou um gestor. Muitos dos problemas que o Brasil viveu foram causados por esses rótulos: esquerda e direita, periferia e centro, nós e eles. Nós somos um país só”.

“Não gosto do Lula nem das mentiras que ele propaga. Ao meu ver, ele fez mais mal do que bem para o Brasil. Quem ganha um apartamento triplex no Guarujá de uma construtora que prestou serviços em massa para poder público não é exatamente um modelo de decência”.

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“O Uber e aplicativos semelhantes vão continuar, mas teremos novas regulamentações. Os 37 mil motoristas de táxi que existem em São Paulo pagam taxas, o que custa caro. Falam em 90 mil motoristas de Uber. Eles são importantes para a cidade, mas não faz sentido alguns pagarem e outros não”.

“Estou indo para a Coreia em busca de tecnologia para setores como saúde, transporte urbano e revitalização de córregos e rios. Seul é um exemplo de cidade urbanizada”.

“Nosso plano de privatizações, concessões e Parcerias Público-Privada prevê arrecadar no mínimo US$ 7 bilhões, que serão investidos principalmente em saúde e educação. Acredito que conseguiremos a aprovação na Câmara até o fim de junho. Não tenho um plano B para isso, só um plano A e ele vai funcionar. Qual vereador vai se recusar a buscar recursos para saúde e educação? Quem terá coragem de falar ‘eu votei contra a saúde no seu bairro?’”

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“Não há democracia sem poder Executivo, Legislativo e Judiciário, sem discussão e entendimento. Essa é a boa política. Líderes empresariais não impõem. Eles dialogam e estabelecem planos. Esse tempo de empresários tiranos acabou”.

“O PSDB não teme nenhuma investigação, não teme a verdade. Ao contrário do PT, que queria impedir as investigações. A lei tem que valer para todos”.

“Sempre defendi igualdade entre homens e mulheres. Se a igualdade tem que ser defendida, não tem sentido aposentadoria em idades diferentes”.

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“Financiamento de campanha 100% público é um absurdo. Defendo a permissão do financiamento privado de parte das campanhas com absoluta transparência e regras. Na reforma política, também deveria ser estabelecido eleições apenas de 4 em 4 anos, para tudo”.

“Embora sejam práticas diferentes, tanto o caixa 2 quanto a propina são condenáveis”.

“Os melhores políticos brasileiros foram Franco Montoro e Mário Covas. Como empresário, citaria o Antônio Ermírio de Moraes. Não posso falar de líderes sindicais, porque esse não é o meu mundo”.

“Tenho uma audiência com o Papa Francisco em Roma. Vou pedir que ele mantenha a viagem para São Paulo para participar da festa de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida”.

A bancada de entrevistadores reuniu Débora Bergamasco (diretora de redação da sucursal de Brasília da revista IstoÉ), Thais Bilenky (repórter de política da Folha), Eugênio Bucci (professor da USP, articulista do Estadão e colunista da revista Época), Ricardo Setti (jornalista e escritor) e Silvio Navarro (editor da TVEJA). Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso, o programa foi gravado neste domingo, dia 8, já que Doria viajaria para a Coreia do Sul no início da madrugada desta segunda-feira. Dividido em cinco blocos, o Roda Viva foi transmitido pela TV Cultura.

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