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‘O vilão e o bastão’, um artigo de Antônio Machado de Carvalho

PUBLICADO NO JORNAL O TEMPO EM 31 DE MAIO ANTÔNIO MACHADO DE CARVALHO Com o refinamento de um velho professor, melhor dizendo, de um professor doutor em trapalhadas e malfeitorias (reconhecido, até, como Honoris Causa por respeitáveis Universidades), o ex-presidente Luiz Inácio da Silva resolveu recentemente, e mais outra vez, fazer aquilo que sabe melhor: […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 08h42 - Publicado em 3 jun 2012, 01h57

PUBLICADO NO JORNAL O TEMPO EM 31 DE MAIO

ANTÔNIO MACHADO DE CARVALHO

Com o refinamento de um velho professor, melhor dizendo, de um professor doutor em trapalhadas e malfeitorias (reconhecido, até, como Honoris Causa por respeitáveis Universidades), o ex-presidente Luiz Inácio da Silva resolveu recentemente, e mais outra vez, fazer aquilo que sabe melhor: achincalhar a Constituição, as Leis e as Instituições, bases sobre as quais se assenta nosso Estado Democrático de Direito, numa peita inaceitável ao Ministro Gilmar Mendes, visando melar o julgamento pelo STF do mensalão, obra prima do governo Lula. Para seus padrões, nada de inusitado haveria em seu comportamento. Causaria espanto se fosse o contrário. Compostura, de fato, não é o seu forte.

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Nem nos episódicos dias em que esteve detido, ainda no governo militar, ele soube se haver com decência. O estupro, real ou tentado, de um jovem que compartilhava com ele a prisão ─ o notório caso do “menino do MEP” ─ não foi esquecido pelos homens de bem. O sátiro predador de viuvinhas de sindicato não tinha pejo de se lançar contra qualquer pessoa que lhe acicatasse a libido, em crua e extremada falta de limites e de respeito às interdições sociais. Não se deve minimizar, igualmente, a bem da verdade, que seu partido ─ o PT ─ guardava, e guarda, coerência e fina sintonia com seu líder maior. Tanto é que deliberou, naqueles já distantes idos de 1988, em não reconhecer, e não assinar, a nova Constituição Federal para cuja elaboração fora eleito o então deputado Inácio da Silva. Aliás, aqueles que de alguma maneira acompanham o dia-a-dia da política nacional não encontrarão, nestas mais de duas décadas transcorridas, qualquer declaração do ex-presidente no sentido de defesa da Carta Magna.

Mas o melhor de suas manifestações, ou o pior, para ser mais exato, foram suas avaliações sobre membros do STF (por ocasião de seu incrível encontro com o ministro Gilmar Mendes na casa do ex-ministro Nelson Jobim), ao imaginá-los subalternos e submissos a seus patronos de nomeação para o pretório excelso. Lula tentou apequenar os ilustres ministros Ayres de Brito e Carmem Lúcia de maneira tosca e grosseira, usando um metro à sua imagem e semelhança. Os ministros Tóffoli e Levandowski foram referidos por ele como se fossem meninos de recado. Suas aleivosias contra o ministro Joaquim Barbosa, no entanto, tangenciam a injúria e a difamação, ao tachá-lo de “traidor” e “complexado”. Este último adjetivo, esclareça-se, é uma tradução popularesca do conceito de ressentimento. Ressentido, vejamos, por qual razão? Por ser negro? Homem cioso de si, de seu valor intelectual, de suas origens e de suas conquistas pessoais, o ministro Joaquim Barbosa pode ser tudo, menos ressentido. É uma psicologia barata, a que povoa o imaginário de Luiz Inácio da Silva. Ela não se confunde, todavia, com ditados hauridos da sabedoria popular, e que são o seu perfeito retrato: se quer conhecer o vilão, “basta lhe dar o bastão!”

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