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Um ano depois da reaproximação com os EUA, quase nada mudou em Cuba

Reformas, em Cuba, quase sempre representam mudanças irrisórias — ou para pior. Servem mais aos esforços de propaganda do que qualquer outra coisa. Desde que Raúl Castro herdou o poder do irmão Fidel (isso mesmo, lembremos que se trata de uma ditadura hereditária), falou-se muito, por exemplo, em novas liberdades que permitiriam aos cubanos empreender (!), o que […]

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 23h48 - Publicado em 21 dez 2015, 08h21
Sobre o céu da liberdade

A bandeira de Cuba é hasteada na nova embaixada do país em Washington, em julho (Andrew Harnik/Reuters)

Reformas, em Cuba, quase sempre representam mudanças irrisórias — ou para pior. Servem mais aos esforços de propaganda do que qualquer outra coisa. Desde que Raúl Castro herdou o poder do irmão Fidel (isso mesmo, lembremos que se trata de uma ditadura hereditária), falou-se muito, por exemplo, em novas liberdades que permitiriam aos cubanos empreender (!), o que melhoraria a situação econômica na ilha. Como mostrou a reportagem “É proibido prosperar”, do meu colega Duda Teixeira, chamar as mudanças que ocorreram de “reformas” é um grande exagero. Empreender, para o governo cubano, significa, por exemplo, permitir que as pessoas possam receber gorjeta por limpar banheiros públicos.

Com a tão falada reaproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, que acaba de completar um ano, não é muito diferente. Embaixadas foram reinauguradas, fez-se bastante alarde, criou-se expectativa, mas para os cidadãos dos dois países, na prática, pouco mudou. É o que mostra este artigo no site do The Christian Science Monitor, escrito por Howard LaFranchi. Eis um resumo:

O que mudou

–  Os cubanos ganharam alguns pontos de WiFi em lugares públicos

– As companhias aéreas voltarão a operar voos comerciais diretos entre os dois países

– Ficou mais fácil para os cubanos da Flórida enviar dinheiro para os seus carentes (ops!), parentes na ilha

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– Há mais americanos viajando para Cuba, em geral como integrantes de excursões turísticas travestidas de intercâmbios acadêmicos, já que para se fazer turismo, com este nome, seria necessário dar fim ao embargo

O que não mudou

– O embargo comercial dos Estados Unidos a Cuba continua em vigor. Essa relíquia da Guerra Fria só serve para justificar o fracasso do sistema econômico cubano. Nada impede Cuba de fazer negócios com o resto do mundo. A verdade é que a ditadura caribenha pouco tem a oferecer para o comércio global

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– A Baía de Guantánamo continua nas mãos dos Estados Unidos. Deve permanecer assim por muito tempo. Tampouco é algo que mudaria a situação de penúria dos cubanos

– Nada foi acertado sobre compensação aos cidadãos (e aos seus herdeiros) que tiveram propriedades expropriadas após a Revolução Cubana

O que piorou

– A repressão política e as violações de direitos humanos se acentuaram. As prisões de dissidentes aumentaram e igrejas estão sendo fechadas

– Os cubanos estão fugindo em maior número da ilha-prisão. Estima-se em 50.000 o número dos que tentaram chegar aos Estados Unidos ao longo do ano, o dobro de 2014. Eles temem que a retomada das relações diplomáticas entre os dois países leve ao fim da política americana de asilo automático para cubanos. Muitos estão empreendendo uma jornada mais longa, por terra, porque as deportações dos que tentam por mar aumentaram, como contei aqui.

Em 2016, as “mudanças” devem continuar assim, a passos lentos.

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